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18 julho 2010

Período de férias é sinônimo de abandono de cães e gatos

Sem ter com quem deixar os animais, alguns donos viajam e deixam os bichos na rua

Joanna Medeiros

Com o início das férias é normal que as pessoas viagem para aproveitar os dias de descanso. Mas um problema que pode surgir com os passeios das famílias é o abandono de animais domésticos. Em Teresópolis ainda não existem estatísticas, mas o crescimento do número de animais nas ruas da cidade é perceptível.

Uma alternativa é “hospedar” os animais em hotéis. Estes locais são espaços onde os cachorros ou os gatos podem ficar pelo tempo em que o dono precisar, tendo toda a estrutura de alimentação e estadia.

De acordo com a veterinária Monique Vilela esta realidade é cada vez mais comum. “Infelizmente as pessoas pegam o animal e na hora de viajar não tem com quem deixar, não procuram uma hospedagem e acabam deixando o animal na rua” lembrou a profissional.

Para que o bichinho não seja um empecilho na vida dos donos, uma boa opção é a hospedagem para cães. Teresópolis já tem alguns pet shops que também disponibilizam este serviço.

“A hospedagem é uma alternativa muito positiva e é necessário procurar informações sobre o estabelecimento antes de deixar o animal, para saber se ele vai ser bem tratado. Mas o maior benefício é que nos locais onde existe a hospedagem, o animal não vai ficar sozinho” lembrou Monique.

A veterinária dá algumas dicas para quem vai sair de férias e não quer deixar o animal sozinho em casa: “O dono deve procurar saber se o local tem limpeza constante, se é necessário levar a ração que o cachorro ou gato está habituado e se esse animal vai ter um local para o lazer. Para que este bichinho não sinta tanto a falta de casa, é importante levar para este local da hospedagem um objeto que ele conheça, como um brinquedo, ou um cobertor” alertou.

Mesmo que muitas pessoas abandonem os animais neste período de férias, muitos outros donos zelam pelo conforto e segurança dos seus bichinhos. “Essa é uma tendência. Hoje é mais comum que as pessoas que tenham animais deixem em hospedarias especializadas e esse é um mercado que está crescendo muito” ressaltou.

Monique fez questão de enfatizar que a decisão de adquirir um “companheiro” do mundo animal, seja por adoção, seja por meio de compra, requer responsabilidade: “O animal fica com o dono cerca de 17 anos, então é importante lembrar que este bichinho depende totalmente de alguém para sobreviver. Outro ponto em que se deve pensar na hora da escolha, é procurar uma espécie que se adapte ao estilo de vida da família”.

Cachorros abandonados causam transtorno em vias da cidade - O problema dos cães abandonados nas ruas da cidade não é uma novidade. Os órgãos competentes vem debatendo alternativas para tentar diminuir a incidência destes animais das vias do município. No Centro esta situação é agravada pela grande quantidade de animais que reviram as lixeiras e atacam os pedestres.

Além dos órgãos públicos, inúmeras ONG’s da cidade realizam eventos para conscientizar à população sobre a importância da adoção responsável.

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